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A ABOMINAÇÃO E DESOLAÇÃO

TÓPICO ESPECIAL: A ABOMINAÇÃO E DESOLAÇÃO

M. R. Vicent descreve bem o termo abominação:
“O verbo cognato,
βδελύσσμαι, significa
sentir uma n
áusea ou repugnância por comida, daí usado para repugnância em geral.
Num sentido moral denota um objeto de repugnância moral ou religiosa (veja II
Cr 15.8; Jr 13.27; Ez 11.21; Dn 9.27; 11.31). É usado para como equivalente
para ídolo em I Reis 11.17; Dt 7.26; 2 Reis 23.13. Denota qualquer coisa em que
afastamento de Deus se manifesta; como o comer de animais impuros, Lv 11.11; Dt
14.3; e, geralmente, todas as formas de paganismo. Este sentido moral deve ser
enfatizado no uso da palavra no Novo Testamento (compare Lucas 16.15; Ap 174,
5; 21.27). Ela não denota mera repugnância física ou estética. A referência
aqui é provavelmente à ocupação do recintos do templo pelos romanos idólatras
sob Tito, com seus estandartes e insígnias. Josefo diz que depois da queima do
templo os romanos levaram suas insígnias e as colocaram defronte do portão
oriental, e lá eles ofereceram sacrifícios a elas, e declaram Tito, como
aclamações, ser imperador (Word Studies in the New Testament [Estudos de
Palavras no Novo Testamento], pp. 74, 75).

A palavra “desolação” (BDB 1055, KB 1640)
significava sacrilégio. Esta palavra é usada em Dn 9.27, 11.31 e 12.11.

1. Parece originalmente
referir-se a Antíoco IV Epifânio, que pôs um altar para Zeus Olímpio no templo
em Jerusalém em 167 a.C. (cf. Dn .9-14; I Mac 1.54, 59; II Mac. 6.1-2).

2. Também em Dn 7.7, 8
ela se relacionava com o Anticristo do tempo do fim (cf. II Ts 2.4).

3. Em Mateus 24.15;
Marcos 13.14;  Lucas 21.20 ela
possivelmente se refere à vinda do exército do General Romano (depois
Imperador) Tito em 70 A.D., que sacrificou para os estandartes do seu exército
que foram dedicados a deuses pagãos, colocados ao lado do portão oriental
próximo ao templo. Não pode referir-se ao sítio de Jerusalém mesmo porque seria
tarde demais para os crentes escaparem.

 Este é
um exemplo de uma frase sendo usada de vários sentidos, mas relacionados. Isto
é chamado “profecia de cumprimento múltiplo”. É difícil interpretar até depois
que o evento ocorre; olhando para trás, a tipologia é óbvia.