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CRÍTICA TEXTUAL

TÓPICO ESPECIAL: CRÍTICA TEXTUAL

Uma
breve explicação dos problemas e teorias da “baixa crítica”
ou “crítica textual”.

A.
Como as variantes ocorreram

1.
inadvertidas ou acidentais (vasta maioria de ocorrências)

a.
lapso do olho

(1)
ao copiar de mão que lê o segundo caso de duas palavras similares
e, desse modo, omite todas as palavras no meio (homeoteleuto)

(2)
ao omitir uma palavra ou frase de letra dobrada (haplografia)

(3)
erro mental ao repetir uma frase ou linha de um texto grego
(ditografia)

b.
lapso do ouvido ao copiar de mão por ditado oral onde um erro
ortográfico ocorre (itacismo). Com freqüência o erro ortográfico
insinua ou soletra uma palavra grega que soa similar.

c.
os textos gregos mais antigos não tinham divisões de capítulo e
versículo, pouca ou nenhuma pontuação e nenhuma divisão entre
palavras. É possível dividir as letras em lugares diferentes
formando palavras diferentes.

2.
Intencionais

a.
mudanças foram feitas para melhorar a forma gramatical do texto
copiado

b.
mudanças foram feitas para trazer o texto de acordo com outros
textos bíblicos (harmonização de paralelos)

c.
mudanças foram feitas combinando duas ou mais leituras variantes num
texto combinado longo (conflação)

d.
mudanças foram feitas para corrigir um problema percebido no texto
(cf. Bart Ehrman, The Ortodox Corruption of Scripture [A Corrupção
Ortodoxa da Escritura], pp. 146-50, no que se refere a Hb 2.9)

e.
alguma informação adicional quanto ao cenário histórico ou
interpretação apropriada do texto foi colocada na margem por um
escriba, mas colocada no texto por um segundo escriba (cf. João 5.4)

B.
Os princípios básicos da crítica textual (possibilidades
transcricionais)

1.
o texto mais difícil ou gramaticalmente incomum é provavelmente o
original porque os escribas tendiam tornar os textos mais uniformes

2.
o texto mais curto é provavelmente o original porque os escribas
tendiam a acrescentar informação adicional ou frases de passagens
paralelas

3.
o texto mais antigo é dado mais peso por causa de sua proximidade
histórica ao original, todos os outros sendo iguais

4.
manuscritos que são geograficamente diversos geralmente têm a
leitura original

5.
tentativas para explicar como as variantes poderiam ter ocorrido
(isto é considerado o mais importante o princípio mais importante
pela maiorias dos estudiosos)

6.
a análise do estilo literário, vocabulário e teologia de um dado
autor bíblico é usada para decidir o provável texto original.

O
texto grego da UBS4 usado não maioria dos cenários acadêmicos é
um texto eclético reconstruído a partir de muitos manuscritos
gregos antigos. A maioria dos estudiosos supõe que mais de 97% do
texto original dos Autógrafos foi obtido.