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Eleição/Predestinação e a Necessidade de Um Equilíbrio Teológico

TÓPICO ESPECIAL: Eleição/Predestinação e a Necessidade de Um Equilíbrio Teológico

A
eleição é uma doutrina maravilhosa. Contudo, isso não é um
chamado ao favoritismo, mas um chamado para ser um canal, uma
ferramenta ou meio para a redenção de outros! No Antigo Testamento
o termo era usado primordialmente para serviço; no Novo Testamento é
usado primordialmente para salvação que resulta em serviço. A
Bíblia nunca reconcilia a aparente contradição entre a soberania
de Deus e o livre arbítrio da humanidade, mas afirma ambas! Um bom
exemplo da tensão bíblica seria Romanos 9 sobre a escolha soberana
de Deus e Romanos 10 sobre a necessária resposta da humanidade (cf.
10.11, 13).

A
chave para esta tensão teológica pode ser encontrada em Ef 1.4.
Jesus é o homem eleito de Deus e todos são potencialmente eleitos
nEle (Karl Barth). Jesus é o “sim” de Deus para a necessidade
da humanidade caída (Karl Barth). Efésios 1.4 também ajuda a
esclarecer a questão afirmando que a meta da predestinação não é
o céu, mas a santidade (semelhança a Cristo). Somos freqüentemente
atraídos para os benefícios do evangelho e ignoramos as
responsabilidades! O chamado de Deus (eleição) é para o tempo
assim como para a eternidade!

As
doutrinas vêem em relação a outras verdades, não como únicas,
verdades não relacionadas. Uma boa analogia seria uma constelação
versus uma única estrela. Deus apresenta a verdade nos gêneros
orientais, não ocidentais. Não devemos remover a tensão causada
pelos pares dialéticos (paradoxos) de verdades doutrinárias:

1.
Predestinação vs. livre arbítrio humano

2.
Segurança dos crentes vs. a necessidade de perseverança

3.
Pecado original vs. pecado volitivo

4.
Impecabilidade (perfeccionismo) vs. pecar menos

5.
Justificação e santificação inicial instantânea vs. santificação
progressiva

6.
Liberdade cristã vs. responsabilidade cristã

7.
Deus como transcendente vs. Deus como imanente

8.
Deus como supremamente incognoscível vs. Deus como conhecível na
Escritura

9.
O reino de Deus como presente vs. consumação futura

10.
Arrependimento como um dom de Deus vs. arrependimento como uma
resposta pactual humana necessária

11.
Jesus como divino vs. Jesus como humano

12.
Jesus como igual ao Pai vs. Jesus como subserviente ao Pai

O
conceito teológico de “aliança” une a soberania de Deus (que
sempre toma a iniciativa e estabelece a pauta) com uma resposta de fé
arrependida inicial e contínua obrigatória dos seres humanos (cf.
Marcos 1:15; Atos 3: 16,19; 20,21). Tenha cuidado com texto-prova de
um lado do paradoxo e menosprezo do outro! Tenha cuidado com afirmar
somente sua doutrina ou sistema de teologia favorito!