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CENÁRIO HISTÓRICO DOS PROFETAS DO OITAVO SÉCULO

TÓPICO ESPECIAL: CENÁRIO HISTÓRICO DOS PROFETAS DO OITAVO SÉCULO

A. O material bíblico é encontrado em

1. II Reis 14.3-17.6

2. II Crônicas 25-28

3. Amós (Israel)

4. Jonas (Israel)

5. Oséias (Israel)

6. Isaías (Judá)

7. Miquéias (Judá)

B. O resumo mais simples do estado de idolatria (veja

Tópico Especial: Adoração da Fertilidade no Antigo Oriente Próximo
) entre o povo de Deus pode ser visto em Oséias.

1.
2.16, “e não me chamará mais a Mim Baali” (chamado marido
de Baal)

2.
4.12-14, “…vossas filhas se prostituem…” (adoração da
fertilidade)

3.
4.17, “Efraim está entregue aos ídolos; deixa-o” (sem
esperança de arrependimento)

4.
13.2 “Homens beijam aos bezerros!” (ritual da adoração do
bezerro de ouro em Betel e Dan)

C.
Cenário social

1.
Era um tempo de prosperidade econômica e expansão militar tanto
para Israel como Judá. No entanto, essa prosperidade era benéfica
apenas para a classe rica. Os pobres eram explorados e abusados.
Quase parece que “o dinheiro e a arma” tornaram-se ídolos!

2.
A estabilidade social e prosperidade tanto de Israel quanto de Judá
estão relacionadas com várias causas.

a.
os longos e prósperos reinados de Jeroboão II (786-746 A.C.) no
Norte e Uzias (783-742 A.C.) no Sul

b.
a derrota dos assírios da Síria por Adad-Nirari III em 802 A.C.

c.
a falta de conflito entre Israel e Judá

d.
a taxação e exploração das rotas comerciais do norte para o sul
através da ponte de terra da Palestina causaram rápido crescimento
econômico, até extravagância para classe rica

3.
As “Ostracas de Samaria,” que são datadas durante o
reinado de Jeroboão II, parece indicar uma organização
administrativa muito parecida com a de Salomão. Isso parece
confirmar o abismo crescente entre os “ricos” e os
“pobres”.

4.
A desonestidade dos ricos é claramente descrita em Amós, que é
chamado “o profeta da justiça social”. O suborno do
judiciário e a falsificação dos pesos comerciais são dois
exemplos claros do abuso que era comum aparentemente tanto em Israel
quanto em Judá.

D.
Cenário Religioso

1.
Era um tempo de muita atividade religiosa exterior, mas muito pouca
fé verdadeira. Os cultos de fertilidade de Canaã tinham sido
amalgamados na religião de Israel. As pessoas eram idólatras mas
chamavam isso YHWHismo. A tendência do povo de Deus para alianças
políticas tinha envolvido-os na adoração e práticas pagãs.

2.
A idolatria de Israel é explicitada em II Rs 17.7-18.

a.
No v. 8 eles seguiram as práticas de adoração dos cananeus.

(1)
Adoração da fertilidade (cf. Lv 18.22, 23)

(a)
lugares altos, vv. 9, 10, 11

(b)
clunas saagradas (Baal), vv. 10, 16

(c)
Aserins, v. 16, esses eram símbolos de madeira da consorte fêmea de
Baal. Eram estacas entalhadas ou árvores vivas.

(2)
adivinhação, v. 17. Isso foi condenado em Levítico 19-20 e
Deuteronômio 18.

b.
No v. 16 eles continuam a adoração dos dois bezerros de ouro,
simbolizando YHWH, levantados em Dã e Betel por Jeroboão I (I Rs
12.28, 29).

c.
No v. 16 eles adoravam as divindades astrais da Babilônia: sol, lua,
estrelas e constelações.

d.
No v. 18 eles adoravam o dues do fogo da fertilidade fenício,
Moloque, sacrificando seus filhos (cf. Lv 18.21; 20.2-5). Essa
prática é chamada moloque; não era o nome do deus.

3.
Baalismo (cf. Archaeology and the Religion of Israel [Arqueologia e a
Religião de Israel] de W. F. Albright, p. 82ss)

a.
Nossa melhor fonte arqueológica é “Épico de Baal de Ugarite”.

(1)
Descreve Baal como um deus sazonal que morre e renasce. Ele foi
derrotado por Mot e confiando no mundo dos mortos. Toda a vida na
terra cessou. Mas, ajudado pela deusa fêmea (Anat), ele renasce e
derrota Mot a cada primavera. Ele era uma divindade da fertilidade
que era adorado por imitação mágica.

(2)
Ele era também conhecido como Hadade.

b.
El é a divindade chefe do panteão cananeu, mas a popularidade de
Baal usurpou seu lugar.

c.
Israel foi muito influenciado pelo baalismo de Tiro através de
Jezabel que era a filha do Rei de Tiro. Ela foi escolhida por Onri
para seu filho, Acabe.

d.
Em Israel Baal era adorado nos lugares altos locais. Ele era
simbolizado por uma pedra erguida. Sua consorte, Asera, é
simbolizada por uma estaca entalhada simbolizando a árvore da vida.

4.
Várias fontes e tipos de idolatria são mencionados.

a.
os bezerros de ouro em Betel e Dã levantados por Jeroboão I adorar
YHWH.

b.
a adoração do dues e deusa da fertilidade em lugares altos locais

c.
a idolatria necessária envolvida em alianças políticas dessa época

E.
Breve resumo das invasões da Assíria e Babilônia durante o oitavo
século que afetaram a Palestina.

1.
Os quatro profetas do oitavo século estavam ativos durante a
ascensão do império Tigre-Eufrates da Assíria. Deus usaria essa
nação cruel para julgar Seu povo, particularmente Israel.

a.
O incidente específico foi a formação de uma aliança política e
militar transjordânica conhecida como a “Liga Siro-Efraimita”
(735 A.C.). Síria e Israel tentaram forçar Judá a justar-se a eles
contra a Assíria. Em vez disso, Acaz enviou uma carta à Assíria
por ajuda. O primeiro rei assírio com espírito de império
poderoso, Tiglate-Pileser III (745-727 A.C.), respondeu ao desafio
militar e invadiu a Síria.

b.
Mais tarde, o rei fantoche da Assyria, Oséiaa (732-722 A.C.), em
Israel também se rebelou, apelando ao Egito. Salmaneser V (727-722
A.C.) invadiu Israel novamente. Ele morreu antes que Israel fosse
subjugado mas seu sucessor, Sargão II (722-705 A.C.), capturou a
capital da Samaria de Israel em 722 A.C. A Assíria deportou mais de
27.000 israelitas nessa ocasião enquanto Tiglate-Pileser havia
exilado milhares antes em 732 A.C.

2.
Depois da morte de Acaz (735-715 A.C.) uma outra coalizão militar
foi formada pelos países transjordanianos e Egito contra a Assíria
(714-711 A.C.). É conhecida compo a “Rebelião de Asdode”.
Muitas cidades judaicas foram destruídas quando a Assíria invadiu
novamente. Inicialmente Ezequias apoiou essa coalizão, mas depois
retirou seu apoio.

3.
No entanto, uma outra coalizão novamente tentou aproveitar a morte
do poderoso rei da Assíria, Sargão II, em 705 A.C., juntamente com
as muitas outras rebeliões que ocorreram por todo o império
assírio.

a.
Ezequias participou plenamente nessa rebelião. Às luz desse
desafio, Senaqueribe (705-681 A.C.) invadiu (701 A.C.) a Palestina e
acampou perto da cidade de Jerusalém (II Reis 18-19; Isaías 36-39),
mas seu exército foi miraculosamente destruído por Deus.

b.
Há alguma questão entre os estudiosos quanto a quantas vezes
Senaqueribe invadiu a Palestina (e.g., John Bright tem uma invasão
em 701 A.C. e uma outra possível em 688 A.C., cf. História de
Israel, p. 383).

c.
Ezequias foi poupado de uma conquista assíria, mas por causa da sua
exibição orgulhosa dos tesouros de Judá para a delegação
babilônia, Isaías previu a queda de Judá para Babilônia (39.1-8).
Jerusalém caiu para Nabucodonosor em 587-586 A.C.

4.
Isaías especificamente previu a restauração do povo de Deus sob
Ciro II, o governante medo-persa (41.2-4; 44.28; 45.1; 56.11). Níneve
(capital da Assíria) caiu em 612 A.C. para Babilônia, mas a cidade
da Babilônia caiu em 539 A.C. para o exército de Ciro. Em 538 A.C.
Ciro emitiu um decreto que todas as pessoas exiladas, incluindo os
judeus, poderiam retornar para casa. Ele ainda providenciou os fundos
do seu tesouro para a reconstrução dos templos nacionais. Ele era
uma pessoa supersticiosa e queria que todos os deuses
favorecessem-no.