TÓPICO ESPECIAL: OS CÉUS
No
AT o termo “céu” é geralmente plural (i.e., shamayim, BDB
1029). O termo hebraico significa “altura”. Deus habita nas
alturas. Este conceito reflete a santidade e transcendência de Deus.
Em
Gn 1.1 o PLURAL “céus e terra” tem sido visto como Deus
criando (1) a atmosfera acima deste planeta ou (2) uma maneira de se
referir a toda realidade (i.e., espiritual e física). A partir desta
compreensão básica, outros textos foram citados como se referindo a
níveis de céu: “céu dos céus” (cf. 68.33) ou “céu
e o céu dos céus” (cf. Dt 10.14; I Rs 8.27; Ne 9.6; Sl 148.4).
Os rabinos presumiam que poderia haver
1.
dois céus (i.e., R. Judah, Hagigah 12b)
2.
três céus (Test. Levi 2-3; Ascen. de Is 6-7; Misdrash Tehillim
sobre Sl 114.1)
3.
cinco céus (III Baruque)
4.
sete céus (R. Simonb. Lakish; II Enoque 8; Ascen. de Is 9.7)
5.
dez céus (II Enoque 20.3b; 22.1)
Todos
estes eram destinados a mostrar a separação de Deus da criação
física e/ou Sua transcendência. O número mais comum de céus no
judaísmo rabínico era sete. A. Cohen, Everyman’s Talmud [Talmude de
Todo Homem] (p. 30), diz que estava relacionado às esferas
astronômicas, mas eu acho que se refere a sete sendo o número
perfeito (i.e., dias da criação com o sete representando o descanso
de Deus em Gn 2.2).
Paulo,
em II Co 2.2, menciona o “terceiro” céu (grego ouranos)
como uma maneira de identificar a presença pessoal, majestosa de
Deus. Paulo teve um encontro pessoal com Deus!
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