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HISTORIOGRAFIA DO AT

TÓPICO ESPECIAL: HISTORIOGRAFIA DO ANTIGO TESTAMENTO COMPARADA COM AS
CULTURAS CONTEMPORÂNEAS DO ORIENTE PRÓXIMO

Fontes mesopotâmicas

1.
Como a maioria da literatura antiga o assunto é geralmente o rei ou
algum herói nacional.

2.
Os eventos são freqüentemente embelezavam para propósitos de
propaganda.

3.
Geralmente nada negativo é registrado.

4.
O propósito era apoiar as instituições do status quo corrente ou
explicar a ascensão de novos regimes.

5.
As distorções históricas envolvem

a.
reivindicações embelezadas de grandes vitórias

b.
antigas realizações apresentadas como realizações atuais

c.
somente aspectos positivos registrados

6.
A literatura servia não só uma função propagandística, mas era
também uma função didática

Fontes egípcias

1.
Elas apóiam uma visão muito estática da vida, que não era afetada
pelo tempo.

2.
O rei e sua família são o objeto de muito da literatura.

3.
Como a literatura mesopotâmica, é muito propagandística.

a.
sem aspectos negativos

b.
aspectos embelezados

Fontes rabínicas (posteriores)

1.
Tentativa de tornar a Escritura relevante pela Midrash, que se move
da fé do intérprete ao texto não foca na intenção autoral nem no
cenário histórico do texto

a.
Halachá trata das verdades ou regras para vida

b.
Hagadá trata da aplicação e encorajamento para vida

2.
Pesher – desenvolvimento posterior visto nos Rolos do Mar Morto.
Usava uma abordagem tipológica para ver o cumprimento profético de
eventos passados no cenário atual. O cenário atual era o eschaton
profetizado (nova era vindoura).

É óbvio que os gêneros do antigo Oriente Próximo e a literatura
judaica posterior são diferentes da Escritura do Antigo Testamento.
De muitas maneiras os gêneros do Antigo Testamento, embora muitas
vezes compartilhando características da literatura contemporânea,
são únicos, especialmente na sua descrição dos eventos
históricos. A mais próxima da historiografia hebraica é a
literatura hitita.

Deve
ser reconhecido quão diferente a antiga historiografia é da
historiografia ocidental moderna. Aqui reside o problema para
interpretação. A historiografia moderna tenta ser objetiva
(não-propaganda, se isto é possível) e documentar e registrar em
seqüência cronológica o que “realmente aconteceu!” Ela
tenta documentar “causa e efeito” dos eventos históricos.
É caracterizada por detalhes!

Somente
porque as histórias do Oriente Próximo não são como as histórias
modernas não as torna erradas, inferiores ou falsas. As histórias
ocidentais modernas refletem os preconceitos (pressuposições) dos
seus escritores. A história bíblica é por sua exata natureza
(inspiração) diferente. Há um sentido no qual a história bíblica
é vista através dos olhos da fé do autor inspirado e para os
propósitos da teologia, mas ainda é um relato histórico válido.

Essa
historicidade do Antigo Testamento é importante para mim com uma
maneira de advogar minha fé para os outros. Se a Bíblia pode ser
demonstrada ser histórica então sua fé reivindica ter apelo mais
forte aos não-crentes. Minha fé não repousa na confirmação
histórica da arqueologia e antropologia, mas essas ajudam a
apresentar a mensagem da Bíblia, dar-lhe uma credibilidade que de
outro modo não teria.

Para
resumir então, a historicidade não funciona na área da inspiração,
mas na área da apologética e evangelismo.