TÓPICO ESPECIAL: ADORAÇÃO
I.
Introdução
A.
Algumas perguntas importantes
1.
O que é adoração?
2.
Quando e como começou?
3.
Qual é o seu conteúdo?
4.
Quem participa?
5.
Onde e quando é realizada?
B.
Essas perguntas formarão o esboço para o nosso estudo. Deve ser
lembrado que não há resposta definitiva para essas perguntas, mas
há implicações escriturísticas e desenvolvimentos históricos.
II.
O que é Adoração?
A.
O termo ingles vem de um termo saxão, “weorthscipe”, que
denotava alguém a quem honra e respeito eram devidos.
B.
Os principais termos do AT são:
1.
‘Abodah, que é de uma raiz hebraica que significa “servir”
ou “trabalhar”. É geralmente traduzida “o serviço de
Deus”.
2.
Hishtahawah, que é de uma raiz hebraica que significa “curvar”
ou “prostra-se” (cf. Êx 4.31).
C.
Os principais termos do NT seguem os termos hebraicos.
1.
Para ‘abodah há latreia, que é o estado de um trabalhador
contratado ou escravo.
2.
Para hishtahawah há proskuneo, que significa “prostrar-se”,
“venerar” ou “adorar”.
D.
Observe que há duas áreas que a adoração impacta.
1.
nossa atitude de respeito
2.
nossas ações de estilo de vida
Essas
duas devem andar juntas ou então grandes problemas resultam (cf. Dt
11.13).
III.
Quando e Como Começou?
A.
O AT não afirma especificamente as origens da adoração, mas há
algumas sugestões em Gênesis.
1.
A instituição de Deus do Sabbath em Gn 2.1-3 é depois desenvolvida
no principal dia de adoração semanal. Em Gênesis afirma-se que
Deus estabelece um precedente para o descanso e adoração da
humanidade por Suas ações e atitudes para com esse segmento de
tempo semanal.
2.
A matança de Deus dos animais para prover as roupas do casal caído
para suportar seu novo ambiente caído em Gn 3.21 parece estabelecer
a cena para o uso de animais para as necessidades da humanidade, que
se desenvolverão no sistema sacrificial.
3.
O sacrifício de Caim e Abel de Gn 4.3ss parece ter sido uma
ocorrência regular, não um evento único. Esta não é uma passage
depreciative das ofertas vegetais ou uma prescrição para sacrifício
animal, mas um exemplo vívido da necessidade de uma atitude
apropriada para com Deus. Ela realmente mostra que de algum modo Deu
comunicou Sua aceitação e rejeição.
4.
A linhagem piedosa messiânica de Sete é desenvolvida em Gn 4.25ss.
menciona o nome pactual de Deus, YWHW, no v. 26 num aparente cenário
de adoração (essa passagem deve ser reconciliada com Êx 6.3).
5.
Noé declara uma distinção entre animais limpos e impuros em Gn
7.2. Isto estabelece o estado para seus sacrifícios em Gn 8.20, 21.
Isto implica que os sacrifícios estavam bem estabelecidos num
período primitivo.
6.
Abraão estava bem familiarizado com sacrifício, o que é óbvio de
Gn 12.7, 8; 13.18; 22.9. Isso forma sua resposta à presença e
promessas de Deus. Aparentemente seus descendentes continuaram essa
prática.
7.
O livro de Jó está num cenário patriarcal (i.e. 2000). Ele era
familiar com sacrifício como é visto em Jó 1.5.
8.
O material bíblico parece esclarecer que o sacrifício se
desenvolveu do temor e respeito da humanidade por Deus e
procedimentos revelados de Deus sobre como expressar isso.
a.
Dez Mandamentos e Código de Santidade
b.
Culto do Tabernáculo
IV.
Qual é o seu conteúdo?
A.
É óbvio que a atitude da humanidade e a chave no sacrifício (cf.
Gn 4.3ss). Esse elemento pessoal tem sempre sim um pilar na fé
bíblica revelada (cf. Dt 6.4-9; 11.13; 30.6; Jr 31.31-34; Ez 36.26,
27; Rm 2.28, 29; Gl 6.15).
B.
No entanto, a atitude reverente da humanidade foi codificada no
ritual muito cedo.
1.
ritos de purificação (relacionado com um sentido de pecado)
2.
ritos de culto (festas, sacrifícios, dádivas, etc.)
3.
ritos de adoração pessoal (orações e louvor público e privado)
C.
Quando abordarmos a pergunta de conteúdo é importante que
observemos as três fontes da revelação (cf. Jr 18.18).
1.
Moisés e o culto (sacerdotes)
2.
Os sábios da Literatura de Sabedoria
3.
Os profetas
Cada
um desses acrescentou à nossa compreensão da adoração. Cada um
foca num aspecto consistente e vital da adoração.
1.
forma (Êxodo – Números)
2.
estilo de vida (Sl 40.1ss; Mq 6.6-8)
3.
motivo (I Sm 15.22; Jr 7.22-26; Os 6.6)
D.
Jesus segue o padrão de adoração do AT. Ele nunca ridicularizou o
AT (cf. Mt 5:17ss), mas Ele rejeitou a Tradição Oral como tinha
desenvolvido até o primeiro século.
E.
A igreja primitiva continuou com judaísmo por um período (i.e. até
o avivamento e reformas rabínicos de 90 A.D.) e depois começaram a
desenvolver sua própria singularidade, mas geralmente num padrão da
sinagoga. A centralidade de Jesus, Sua vida, Seus ensinos, Sua
crucificação e Sua ressurreição tomaram o lugar do culto do AT.
Pregação, batismo e a Eucaristia se tornaram atos focais. O Sabbath
foi substituído com o Dia do Senhor.
V.
Quem participa?
A.
A cultura patriarcal do antigo Oriente próximo estabelece a cena
para o papel de liderança do homem em todas as áreas da vida,
incluindo a religião.
B.
O Patriarca atuava como sacerdote para sua família tanto no
sacrifício quanto na instrução religiosa (Jó 1.5).
C.
Para Israel o sacerdote assumiu as tarefas religiosas no cenário de
adoração pública, coletiva, enquanto o pai reteve seu lugar nos
cenários de adoração privata. Com o Exílio Babilônico (586 A.C.)
a Sinagoga e os rabinos se desenvolveram numa posição central no
treinamento e adoração. Depois da destruição do Templo em 70
A.D., o judaísmo rabínico, que se desenvolveu dos fariseus,
tornou-se dominante.
D.
No cenário da igreja o padrão patriarcal é preservado, mas com a
ênfase acrescentada no dom e igualdade das mulheres (cf. I Co 11.5;
Gl 3.28; Atos 21.9; Rm 16.1; II T 3.11). Essa igualdade é vista em
Gn 1.26, 27; 2.18. Essa igualdade é danificada pela rebelião de Gn
3, mas é restaurada através de Cristo. As crianças sempre foram
admitidos no cenário de adoração através de seus pais, no
entanto, a Bíblia é um livro orientado para adultos.
V.
Onde e Quando a Adoração é Realizada?
A.
Em Gênesis a humanidade reverencia os lugares onde eles encontram
Deus. Esses locais se tornam altares. Depois da travessia do Jordão
vários locais se desenvolvem (Gilgal, Betel, Siquém), mas Jerusalém
é escolhida com o lugar especial de habitação Deus conectado a
Arca da Aliança (cf. Dt).
B.
Épocas agrícolas sempre estabelecem o palco para a gratidão da
humanidade a Deus por Sua provisão. Outras necessidades especiais
sentidas, tais como perdão, se desenvolveram em dias cúlticos
especiais (i.e., Lv 16, Dia da Expiação). O judaísmo desenvolveu
dias de festa estabelecidos — Páscoa, Pentecostes e
Tabernáculos (cf. Levítico 23). Também permitiu oportunidades
especiais para indivíduos (cf. Ezequiel 18).
C.
O desenvolvimento da sinagoga providenciou estrutura para o conceito
de adoração do Sabbath. A igreja mudou isto para o Dia do Senhor (o
primeiro dia da semana) aparentemente no padrão repetido de Jesus de
aparecer para eles nas noites de domingo depois da ressurreição.
D.
Em princípio a igreja primitiva se reunia diariamente (Atos 2.46),
mas isto aparentemente logo foi largado para pela adoração privada
durante a semana e adoração coletiva nos domingos.
VI.
Conclusão
A.
A adoração e Deus não é algo que os humanos inventaram ou
instituíram. A adoração é uma necessidade sentida.
B.
A adoração é uma resposta a quem Deus é e o que Ele tem feito por
nós em Cristo.
C.
A adoração envolve a pessoa toda. É tanto forma quanto atitude. É
tanto pública quanto privada. É tanto agendada quanto extemporânea.
D.
A verdadeira adoração é um desenvolvimento de um relacionamento
pessoal.
E.
A passagem teológica mais útil do NT sobre adoração é
provavelmente João 4.19-26.
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