TÓPICO ESPECIAL: ESMOLA
I. O termo em si
A.
Este termo desenvolveu-se dentro do judaísmo
B.
Refere-se a dar aos pobres e/ou necessitados.
C.
A palavra portuguesa, esmola, vem de uma contração do termo grego
eleemosume.
II. Conceito do Antigo Testamento
A.
O conceito de ajudar os pobres foi expresso cedo na Torá
1.
Contexto típico, Dt 15.7-11
2.
“respigar”, deixar parte da colheita para os pobres, Lv 19.9;
23.22; Dt 24.20
3.
“ano do sabbath”, permitir aos pobres comerem os produtos do
sétimo, ano inativo, Êx 23.10, 11; Lv 25.2-7.
B.
O conceito foi desenvolvido na Literatura da Sabedoria (exemplos
selecionados)
1.
Jó 5.8-16; 29.12-17 (os ímpios descritos em 24.1-12)
2.
os Salmos, 11.7
3.
Provérbios, 11.4; 14.21, 31; 16.6; 21.3, 13
III.
Desenvolvimento no Judaísmo
A.
A primeira divisão da Mishná lida como tratar os pobres,
necessitados e levitas locais.
B.
Citações selecionadas
1.
Eclesiástico (também conhecido como a Sabedoria de Bem Siraque)
3.30, “como a água extingue um fogo em chamas, assim a esmola
expia o pecado” (NRSV)
2.
Tobias 4.6-11, “6pois aqueles que agem de acordo com a verdade
prosperarão em todas suas atividades. Para aqueles que praticam a
justiça 7dá esmolas dos teus bens, e não deixa o teu olho invejar
a dádiva quando tu o fazes. Não afasta o teu rosto de ninguém que
é pobre, e o rosto de Deus não será afastado de ti. 8Se tu tens
muitos bens, faz tua dádiva deles em proporção; se poucos, não
tenha medo de dar de acordo com o pouco que tu tens. 9Assim tu
estarás amontoando um bom tesouro para ti mesmo contra o dia da
necessidade. 10Pois a esmola livra da morte e evita que entre na
Trevas. 11Na verdade, a esmola, para todos que a praticam, é uma
oferta excelente na presença do Altíssimo”. (NRSV)
3.
Tobias 12.8, 9: “8Oração e jejum é bom, mas melhor do que
ambos é a esmola com justiça. Um pouco com justiça é melhor do
que riqueza com mau procedimento. É melhor dar esmolas do que
amontoar ouro. 9Pois a esmola salva da morte e purga todo pecado.
Aqueles que dão esmolas desfrutarão de uma vida completa”. (NRSV)
C.
A última citação de Tobias 12.8, 9 mostra o problema em
desenvolvimento. Ações humanas/méritos humanos eram vistos como o
mecanismo para tanto para perdão quanto abundância.
Este
conceito desenvolveu-se mais na Septuaginta onde o termo grego para
“esmola” (eleemonune) tornou-se um sinônimo para “justiça”
(dikaiosune). Eles poderiam ser substituídos um pelo outro na
tradução para o hebraico “justiça” (BDB 842, o amor e
lealdade pactual de Deus, cf. Dt 6.25; 24.13; Is 1.27; 28.17; 59.16;
Dn 4.27).
D.
Atos humanos de compaixão se tornaram uma meta em si mesmos para
obter abundância pessoal de alguém aqui e salvação na morte. O
ato mesmo, em vez do motivo por trás do ato, tornou-se
teologicamente preeminente. Deus olha o coração, depois julga a
obra da mão. Este era o ensino dos rabinos, mas de algum modo
perdeu-se na justiça própria (cf. Miquéias 6.8).
IV.
Reação do Novo Testamento
A.
O termo é encontrado em
1.
Mt 6.1-4
2.
Lucas 11.41; 12.33
3.
Atos 3.2, 3, 10; 10.2, 4, 31; 24.17
B.
Jesus dirige-se à compreensão tradicional de justiça como (cf. II
Clemente 16.4)
1.
esmola
2.
jejum
3.
oração
C.
No Sermão do Monte de Jesus (cf. Mateus 5-7). Ele reorienta
radicalmente a visão tradicional de justiça (ou seja, confiança em
suas ações). A “nova aliança” de Jer. 31.31-34 torna-se
o novo padrão de estar certo com Deus (cf. Rom. 3.19-31). Deus dá
um novo coração, uma nova mente, um novo espírito. O foco não é
sobre o desempenho humano, mas sobre a performance divina (ou seja,
Ez. 36.26-27).
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