TÓPICO ESPECIAL: GLÓRIA (APAUGASMA)
A palavra “resplendor” (apaugasma) é usada apenas aqui no NT.
Em Filo era usada para o relacionamento de Cristo com Deus no sentido
que o logos era um reflexo da divindade. Os pais da igreja grega
primitiva usavam-no no sentido de Cristo como o reflexo ou fulgor de
Deus. No sentido popular ver Jesus é ver Deus, como um espelho
reflete a luz do sol completo. O termo hebraico “glória”
(kabod) era freqüentemente usado no sentido de brilho (cf. Êx
16.10; 24.16, 17; Lv 9.6).
Esta
fraseologia pode estar relacionada com Pv 8.22-31, onde “sabedoria”
(BDB 315, KB 314, o termo é FEMININO tanto em hebraico quanto em
grego) é personificada como a primeira criação de Deus (cf.
Siraque 1.4) e agente da criação (cf. Sabedoria de Salomão 9.9).
Este mesmo conceito é desenvolvido no livro apócrifo Sabedoria de
Salomão 7.15-2a e 22b-30.
1.
No v. 22 a sabedoria faz todas as coisas;
2.
No v. 25 a sabedoria é a emanação pura da glória do
Todo-Poderoso;
3.
No v. 26 a sabedoria é o reflexo da luz eterna, um espelho imaculado
da obra de Deus;
4.
No v. 29 comparada com a luz (i.e., sol e estrelas) ela é achada ser
superior.
No AT a palavra hebraica mais comum para “glória” (kabod, veja
Tópico Especial: Glória (doxa) [AT])
era originalmente um termo comercial (que se referia a um par de balanças) que significava “ser pesado”. Aquilo
que era pesado era valioso ou tinha valor intrínseco. Muitas vezes o conceito de brilho era acrescentado à palavra
para expressar a majestade de Deus. Ele somente é digno e honrado. Ele é brilhante demais para a humanidade
caída contemplar. Deus pode somente ser verdadeiramente conhecido através de Cristo (cf. Jr 1.14; Mt 17.2; Hb 1.3; Tiago 2.1).
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