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GOVERNO HUMANO

TÓPICO ESPECIAL: GOVERNO HUMANO

I. INTRODUÇÃO

A.
Definição – Governo é a humanidade se organizando para prover e
assegurar as necessidades percebidas (i.e. Gênesis 4 e 11). Os seres
humanos são seres sociais mesmo antes da Queda (cf. Gn 2.18).
Famílias, tribos, nações dão-nos comunidade.

B.
Propósito – Deus estabeleceu que a ordem é preferível à
anarquia.

1.
A legislação de mosaica, particularmente o Decálogo, é a vontade
de Deus para a humanidade em sociedade. Ela equilibra adoração e
vida.

2.
Nenhuma forma ou estrutura de governo é advogada na Escritura,
embora a teocracia antiga de Israel seja a forma antecipada do céu.
Nem democracia nem capitalismo é uma verdade bíblica. Os cristãos
devem agir adequadamente em qualquer sistema governamental em que se
encontrem. O propósito do cristão é evangelismo e ministério, não
revolução. Todos os governos são transitórios.

C.
Origem do governo humano

1.
O catolicismo romano afirma que governo humano é uma necessidade
inata, mesmo antes da Queda. Aristóteles parece ter primeiro
afirmado essa premissa. Ele diz, “o homem é um animal
político”, e por isto ele quer dizer que “existe para a
promoção da boa vida”.

2.
O protestantismo, especialmente Martinho Lutero, tem afirmado que
governo humano é inerente à Queda. Ele o chama de “o Reino da
mão esquerda de Deus”. Ele disse que “a forma de Deus
controlar homens maus é por homens maus sob controle”.

3.
Karl Marx afirmou que governo é o meio pelo qual uma pequena elite
mantém as massas sob controle. Para ele, governo e religião
desempenham um papel similar.

II.
MATERIAL BÍBLICO

A.
Antigo Testamento

1.
Israel é o padrão que será utilizado no céu. No Israel antigo
YHWH era Rei. Teocracia é o termo usado para descrever o domínio
direto de Deus (cf. I Sm 8.4-9).

2.
A soberania de Deus no governo humano pode ser claramente vista em
Seu nomear

a.
todos os reis, Dn 2.21; 4.17, 24, 25

b.
o reinado messiânico, Dn 2.44, 45

c.
Nabucodonosor, (neo-Babilônia), Jr 27.6; Dn 5.28

d.
Ciro II (Pérsia), II Cr 36.22; Esdras 1.1; Is 44.28; 45.1

3.
O povo de Deus deve ser submisso e respeitoso mesmo para com governos
invasores e dominadores:

a.
Daniel 1-4, Nabucodonosor (neo-Babilônia)

b.
Daniel 5, Belsazar (neo-Babilônia)

c.
Daniel 6, Dario (Pérsia)

d.
Esdras e de Neemias (Pérsia)

4.
A Judá restaurada devia orar por Ciro e o reinado dos seus
descendentes

a.
Esdras 6.10; 7.23

b.
Os judeus deviam orar pela autoridade civil, Mishná, Avot 3.2

B.
Novo Testamento

1.
Jesus mostrou respeito aos governantes humanos

a.
Mt 17.24-27; Ele pagou o imposto do Templo (autoridades religiosas e
civis eram destinadas a ser uma, cf. I Pe 2.17)

b.
Mt 22.15-22; Marcos 12.13-17; Lucas 20.20-26, Ele defendeu um lugar
para o imposto romano e, desse modo, a autoridade civil romana

c.
João 19.11, Deus permite que a autoridade civil funcione

2.
Palavras de Paulo relacionadas com governos humanos

a.
Romanos 13.1-5, os crentes devem se submeter às autoridades civis
pois elas são estabelecidas por Deus

b.
Romanos 13.6, 7, os crentes devem pagar seus impostos e honrar as
autoridades civis

c.
I Timóteo 2.1-3, os crentes devem orar pelas autoridades civis

d.
Tito 3.1, os crentes devem estar sujeitos às autoridades civis

3.
Palavras de Pedro relacionadas com governos humanos

a.
Atos 4.1-31; 5.29, Pedro e João diante do Sinédrio (isto mostra
precedente bíblico para desobediência civil)

b.
I Pedro 2.13-17, os crentes devem se submeter às autoridades civis
para o bem de da sociedade e para evangelismo

4.
Palavras de João relacionadas com governos humanos

a.
Apocalipse 17, a prostituta da Babilônia significa governo humano
organizado e funcionando separado de Deus

b.
Apocalipse 18, a prostituta da Babilônia é destruída

III.
CONCLUSÃO

A.
O governo humano (num mundo caído) é ordenado por Deus. Este não é
“o direito divino dos Reis”, mas a tarefa divina do governo
(ou seja, ordem e não caos). Nenhuma forma é defendida acima uma da
outra.

B.
É uma obrigação religiosa para os crentes obedecer e orar pela
autoridade civil.

C.
É adequado para os crentes apoiar o governo humano pelos impostos
com uma atitude reverente apropriada.

D.
O governo humano é para o propósito da ordem civil. Eles são
servos de Deus para esta tarefa.

E.
O governo humano não é supremo. Ele é limitado em sua autoridade.
Os crentes devem agir pelo bem de sua consciência ao rejeitar a
autoridade civil quando ela viola os limites apontados divinamente.
Como Agostinho declarou em A Cidade de Deus, nós somos cidadãos de
dois reinos, um temporal e um eterno (cf. Fp 3.20). Nós temos
responsabilidade em ambos, mas o reino de Deus é o supremo! Há
tanto um foco individual quanto coletivo em nossa responsabilidade
para com Deus.

F.
Nós deveríamos encorajar os crentes num sistema é democrático a
participar ativamente no processo de governo e implementar, quando
possível, os ensinos da Escritura.

G.
Mudança social deve ser precedida de conversão individual. Não há
verdadeira esperança escatologicamente duradoura no governo. Todos
os governos humanos, embora desejados e usados por Deus, são
expressões pecaminosas da organização humana separada de Deus.
Este conceito é expresso no uso Joanino do termo “o mundo”
(i.e., I João 2.15-17).